Cresce o número de trabalhadores noturnos em Curitiba

O trabalho noturno vem crescendo ao longo dos anos no Brasil. Segundo dados apontados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no ano de 2017 o número cresceu cerca de mil pessoas. Trocar o dia pela noite tem algumas vantagens para o trabalhador, além de ganhar um pouco mais, a jornada de trabalho também é diferenciada. A famosa frase “O que você faz de madrugada?” faz muito sentido para vários trabalhadores curitibanos.

É quando a noite chega que Roberto dos Santos entra no trabalho. Há um ano e meio, o repositor de uma rede de supermercados vem trocando o dia pela noite. Ele conta que a rotina atrapalha um pouco a vida social e o sono, e apesar do ambiente de trabalho ser mais tranquilo durante a madrugada, se pudesse ele trocaria de horário.

A adaptação ao horário noturno também não é fácil para conciliar com todos os demais compromissos diários. Mas ele diz que procura sempre cuidar para que o trabalho não prejudique a saúde. “Tenho uma disciplina muito certa com o meu sono, atividades físicas e alimentação. Cancelo compromissos se for o caso, para que possa descansar para o próximo turno”, comenta o repositor.

É considerado trabalhador noturno o profissional que tem a jornada entre as dez horas da noite até às cinco horas do dia seguinte, sendo que esses trabalhadores contam com alguns direitos diferenciados garantidos pela lei.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o trabalho noturno é um dos principais fatores para o desenvolvimento do câncer. Apesar disso, o efeito mais aparente é o cansaço junto com a perda de empatia.

Existem também leis específicas para o trabalho noturno. “O trabalho noturno é sempre mais cansativo para o empregado, então a lei se aplica no sentido de que a carga horária desse trabalhador deve ser diferenciada dos demais”, explica o advogado trabalhista Ricardo Lima. Portanto além, da remuneração ser maior, com um pagamento adicional, o trabalhador também conta com uma carga de trabalho menor.

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