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A doação de amor

  • Yasmin Silva
  • 18 de jun. de 2018
  • 2 min de leitura

Priscila do Rosário Matos viveu uma história de inspiração para todos que tem o prazer de conhecê-la. A fotógrafa que há oito anos atrás descobriu uma insuficiência renal, conta que desde sua cesárea sentia dores constantes nas costas, e que com o passar dos anos as dores iam aumentando gradativamente. Porém, um certo dia, Priscila levantou as três horas da manhã com dores intensas, quase que insuportáveis. Acordou seu marido e foi para o hospital, e foi aí que começou a sua jornada até os dias atuais.


Chegando no hospital, os médicos logo a atenderam, realizaram uma série de exames de sangue onde foi diagnosticado a insuficiência renal. A notícia veio como um susto imenso, mas junto veio o alívio de descobrir a doença em um estágio inicial.


Foto: Priscila do Rosário

Logo após receber o diagnóstico, a fotógrafa já começou o tratamento e que durou oito anos, de muito sofrimento e angústia. O tratamento consistia em controlar os níveis de creatinina no sangue. Mesmo com todo o tratamento sendo levado ao pé da letra por esse período, no dia 23 de agosto de 2016 a fotógrafa recebeu a notícia do médico que teria que optar pela hemodiálise ou um transplante de rim.


Foi aí que começou uma segunda parte dessa angústia: encontrar um doador compatível. Priscila fez toda a relação de possíveis doadores, com os familiares e amigos mais próximos. O primeiro a realizar o teste foi seu marido, Ravilson Matos, que para a surpresa de todos, inclusive da própria esposa, possuía 75% de compatibilidade.


Ravilson conta emocionado que tinha certeza desde o primeiro momento da compatibilidade, pois tem coisa que nem mesmo a medicina consegue explicar. A confiança entre o casal foi fundamental durante todo o processo.


Após isso, começaram os preparativos para o transplante, foram seis meses para que a cirurgia pudesse acontecer. O casal teve que passar por diversos exames físicos, além de toda a questão burocrática acompanhada pelo Ministério Público, que é o órgão que gerencia toda a doação de órgãos entre pessoas vivas.


No dia 17 de fevereiro de 2017, o casal se deslocou até o Hospital Evangélico de Curitiba para o dia tão aguardado. Chegando ao hospital, os dois permaneceram juntos até o último segundo, onde foram cada um para uma sala de cirurgia. Após o procedimento, que foi um sucesso, Ravilson recebeu alta três dias depois, e Priscila uma semana após as cirurgias.


O casal conta que o pós-operatório foi um sucesso. Eles mantêm consultas a cada três meses de retorno, e um ano após os procedimentos, nunca mais tiveram dores ou qualquer desconforto.


De acordo com dados fornecidos pela Central Estadual de Transplantes, no ano de 2017 foram realizados cerca de 450 transplantes, sendo que destes, 32 foram entre casais. “A nossa expectativa é que existam um maior número de doações de órgãos de cadáveres e não entre vivos”, comenta a médica Alicia Cardoso. Para ela, as famílias devem ter uma sensibilização quanto à doação, já que cerca de 40% das famílias paranaenses não autorizam o transplante de órgãos de seus parentes mortos.

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