Homenagear quem prosperou pelo país
- Bruna Gazabin
- 18 de jun. de 2018
- 2 min de leitura
Na década de 40 a guerra que dizimou milhões de judeus seguia avançando pela Europa. O Brasil, que até então se mantinha neutro, começa a apoiar os aliados. Então os primeiros homens da Força Expedicionária Brasileira (FEB) chegam à Itália.
Ao fim da Segunda Guerra Mundial, em 1945, quando os soldados retornaram ao Brasil, encontram um cenário de abandono social. Sem o apoio do Governo Federal para o tratamento de doenças e sequelas adquiridas durante a guerra, surgiram em todo país associações destinadas à reintegração social e ao apoio psicológico aos homens que haviam lutado pela pátria.
Os expedicionários paranaenses iniciaram uma campanha para arrecadar fundos para a construção da sede. Na década de 50 foi criado em Curitiba a Casa do Expedicionário, para dar assistência aos soldados e também como forma de preservar a memória dos mais de 1.500 combatentes paranaenses.
A Casa do Expedicionário virou, anos depois, um museu. Segundo Rachel Regnier, atual presidente, o acervo é um dos maiores do país. “Conforme os pracinhas iam morrendo, as famílias doavam o material. Mas muitos militares brasileiros e de outros países trouxeram coisas para serem expostas por aqui também”, afirma.
O acervo tem fardas, armas, veículos de combate, mapas, cartas e documentos históricos utilizados no decorrer da participação da FEB na guerra.
Um dos principais objetos é o avião de caça P-47 Thunderbolt (nave utilizada pelas forças brasileiras na Itália). O avião foi instalado em 1969 é um dos poucos exemplares ainda preservados no Brasil.
Na arquitetura do prédio há uma lápide que homenageia e registra os nomes dos vinte e oito veteranos paranaenses mortos em combate; uma escultura em pedra sabão que representa a patrulha da infantaria em ação; carro de combate representando a FEB; âncora e torpedo que remete a Marinha e um obus capturado do exército alemão.
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