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Os 5 túmulos mais curiosos de Curitiba

  • Leonardo Gomes
  • 4 de jun. de 2018
  • 3 min de leitura

Foto:Cesar Brustolin/SMCS

Curitiba reserva muitas histórias em cada um de seus cantos. É uma cidade com suas particularidades e uma identidade única. O que desperta bastante curiosidade são as histórias envoltas aos famosos cemitérios públicos do município.

Veja agora uma seleção de cinco túmulos considerados como mais curiosos e populares da capital paranaense:

O túmulo de Maria Bueno

No Cemitério Municipal São Francisco de Paula, no bairro São Francisco está mais popular e visitado túmulo de Curitiba. Trata-se do local onde está enterrado o corpo de Maria Bueno. Existem muitas histórias sobre a origem da moça e o que ela fez em vida.

A escritora especializada em lendas urbanas, Luciana do Rocio Mallon, conta que a história mais aceita envolvendo a moça é de que ela era natural do litoral do estado e sétima filha de um casal pobre. Mas como eles não tinham dinheiro para cuidar de mais uma criança, doaram Maria para um seminário, onde aprendeu muitas coisas e depois foi para Curitiba para trabalhar de doméstica para um casal de idosos.

“Já em Curitiba, um militar chamado Diniz se apaixonou por ela. Porém, matou Maria por ciúmes. Em algumas versões, Diniz brigou com a namorada porque não queria que ela fosse a um baile e por isto a decapitou na Rua Vicente Machado”, conta.

Após a morte, Maria recebeu a fama de milagreira e seu primeiro túmulo ficava próximo ao local de sua morte. Porém, por conta do grande movimento de fiéis na região, a prefeitura transferiu o corpo para o Cemitério São Francisco de Paula. Durante todo o ano, centenas de fiéis e curiosos visitam o túmulo de Maria que até hoje é reconhecida por alguns como responsável por milagres. Entre esses supostos milagres descritos estão a paz alcançada dentro de ambientes familiares e curas de doenças.

O misterioso túmulo do Barão

Cemitério São Francisco de Paula conta com muitas histórias curiosas envolvendo seus túmulos. Uma delas envolve uma das maiores figuras de Curitiba do século XIX: Barão do Serro Azul.

Nascido em Morretes, no Litoral do Paraná, Ildefonso Pereira Correia foi um empresário famoso, conhecido como o maior exportador de erva-mate do Estado. Ele foi executado por ordem do Governo da época durante a Revolução Federalista por ser a favor dos rebeldes.

Ele está sepultado no cemitério, mas a pesquisadora Clarissa Grassi explica que até hoje não se sabe a localização exata do corpo. “Sabemos apenas que ele foi trazido para cá, mas não há registro do local exato onde fica o corpo”, conta.

Apesar de existir um túmulo, segundo a pesquisadora, o corpo não está lá.

O túmulo de Maria Polenta

No Cemitério Água Verde está sepultada Maria Trevisan Tortato, a Maria Polenta. Mulher que teria morrido em abril de 1959 e ficou com a fama de curar enfermos.

Segundo a escritora Luciana, no passado Maria Polenta fazia um trabalho semelhante ao de fisioterapeuta com os jogadores de futebol. Reza a lenda que um jogador do Coritiba quebrou a perna e Maria foi atendê-lo. “Quando ela entrou na enfermaria, o osso da perna se restaurou só com o olhar desta senhora. E com isso ela ganhou a fama de curandeira”, conta.

A pirâmide do municipal

Outro túmulo que chama a atenção é o túmulo em formato de pirâmide amarelo. Neste caso não existem histórias sobrenaturais ou até mesmo de outro mundo o envolvendo.

Ao chegar no local e se deparar com a estrutura muitas dúvidas se formam. Segundo frequentadores do cemitério, o túmulo é uma adaptação de um outro túmulo que fica na Itália.

A estrutura fica também no Cemitério Municipal São Francisco de Paulo e ganhou fama pelo formato inusitado.

O túmulo da menina Eunice

De volta no Cemitério Municipal São Francisco de Paula, existe outra cova que carrega várias histórias. É o túmulo de Eunice Taborda Ribas, uma criança que morreu aos 6 anos e recebeu por alguns a fama de realizar milagres e atender pedidos das pessoas.

A escritora Luciana explica que a menina era a filha mais nova de um casal. Após o pai dela morrer em uma batalha no interior do Paraná, sua mãe entrou em depressão e suicidou-se. Com isso, Eunice foi adotada. Durante este tempo a garota sempre afirmava que via o espírito de sua mãe e falava com ela.

“Com 6 anos de idade, ela foi diagnosticada com meningite e alguns dias depois faleceu. Hoje existe a lenda que diz que Eunice realiza milagres e atende aos pedidos das pessoas. Dizem que ela não quer doces e nem velas. Apenas deseja que outras crianças sejam ajudadas”, explica Luciana.

O que deixa a história mais curiosa é que o túmulo da menina fica ao lado de outra lenda curitibana: Maria Bueno.

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