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Uma madrugada cheia de preocupações

  • Michelle Gaio
  • 5 de jun. de 2017
  • 2 min de leitura

Seu Zito olha o movimento, nada. Olha para os lados, preocupado. A barraquinha de cachorro-quente que antes era movimentada e sustentava toda a família, agora não paga os custos do pequeno negócio.


De quinta à sábado é a mesma aflição. Seu Zito fica parado na Rua Holanda com sua pequena barraquinha esperando os clientes. O horário de funcionamento é da meia noite às seis da manhã.

Quando Seu Zito começou o negócio tudo era muito difícil. O negócio que foi iniciado com a ajuda de um empréstimo no banco, só pagava as parcelas mensais. Ao longo do tempo, o ‘Hot Dog do Seu Zito’ foi se consolidando, e virou point dos jovens depois das baladas. Ele conta que o horário de maior movimento era das quatro às seis da manhã.


Mas a crise também afetou a pequena barraquinha de cachorro-quente. O microempresário procura uma explicação diariamente para o pouco movimento, e a hipótese aceita por ele é de que os jovens preferem beber nas baladas a comprar o seu humilde hot dog.


O pequeno proprietário conta que já viu de tudo nas longas noites na Rua Holanda, no Bacacheri. Desde jovens bêbados, dirigindo embriagados, até prostitutas, brigas de casal e muitas pessoas que simplesmente sentem fome na madrugada e vão apreciar um sanduíche.


Seu Zito também afirma que nos anos de trabalho já viu muita confusão nas ruas: foi assaltado duas vezes. Ele também precisa competir com as grandes lanchonetes a sua volta.


Apesar de todos os problemas, Seu Zito não desanima. Ele diz que vai continuar com o negócio, e que em tempos difíceis, sua esposa sustenta a casa e supre a necessidade dos filhos. Ser vendedor de cachorro-quente é a única coisa que Seu Zito sabe fazer. Segundo ele, “ninguém vai querer dar emprego a um quarentão.”


De quinta a domingo, Seu Zito fica parado na Rua Holanda esperando os clientes e se lamentado pela crise que anda tirando o sono dele e da família.


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