A vida de quem troca o dia pela noite
- Fernanda Guimarães
- 5 de jun. de 2017
- 2 min de leitura
O número de trabalhadores noturnos tem aumentado de forma significativa nos últimos anos, para constatar isso o IBGE realizou um levantamento especifico sobre esse grupo de trabalhadores

Aquela velha frase “o que você faz das 22 horas às 06 da manhã?” Adquiriu mais sentido nos últimos tempos, principalmente por conta do período delicado de crise pelo qual o país está passando. As pessoas estão levando a sério o ditado e não estão mais dormindo durante a noite para realizar atividades durante este período, tornando a noite produtiva e lucrativa. Afinal para que dormir não é mesmo?
Segundo informações do Ministério do Trabalho E Previdência Social (MTPS) cerca de 13 milhões de brasileiros trocam o dia pela noite por conta do seu trabalho. O IBGE realizou pela primeira vez na história um levantamento específico sobre os trabalhadores noturnos. Através dele foi constatado que 15% dos brasileiros fazem parte desse grupo. Além disso a pesquisa revelou que os trabalhadores da madrugada ganham mais do que os do dia. Isso acontece porque o trabalhador noturno é assegurado por lei a ganhar 20% a mais por hora trabalhada.
Optar por esse horário e enfrentar a madrugada acordado tem suas vantagens, mas vale ressaltar que esse hábito pode trazer prejuízos para a saúde do trabalhador.
O médico Thiago Modesto relata que as suas noites são exaustivas pois geralmente ele passa 42 horas acordado por conta de seus plantões e após esse período dorme apenas 6 horas. Ele diz que sente algumas dificuldades por conta das suas noites mal dormidas “É bem ruim não poder dormir, estou sempre cansado e desatento. O meu rendimento também não é o mesmo.”
Os médicos afirmam que esses prejuízos são causados porque o sono diurno, nunca compensa em quantidade e qualidade as horas que são não dormidas à noite.
Nathalia Gonçalves é estudante de medicina veterinária, faz estágio em uma fazenda vinculada a faculdade que estuda. Ela ressalta que os principais motivos que a fazem dormir pouco durante a semana são: provas, trabalhos do estágio e principalmente estresse, preocupação e ansiedade que é o problema que mais interfere no sono dela. No entanto a estudante tenta colocar o sono “em dia” durante os fins de semana. Mas quando recebe um convite para sair não recusa “sinto que preservar minha vida social faz bem para minha saúde, independentemente do meu sono”.
O trabalho noturno dificulta e muito a convivência do profissional com a sua família e com os seus amigos, o que causa um grande problema e pode afetar ainda mais a saúde do trabalhador. Todas essas questões devem ser acompanhadas de perto e a saúde do profissional deve ser a prioridade tanto para ele, quanto para a empresa que está recendo os seus serviços.
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