O amor de cinco gerações
- Bruna Aliane
- 7 de abr. de 2017
- 2 min de leitura
Em meio a tantas inovações e problemas o Circo Zanchettini consegue trazer alegria aos seus espectadores

Eduardo e o Tico-tico no Fubá em apresentação de equilibrismo
Quatro gerações vivendo juntas e não apenas como uma família, mas dividindo um amor que não da para se medir em palavras, o amor pela arte circense – o circo. Para os 40 integrantes do circo Zanchettini esse amor se iniciou desde pequenos.
Tudo começou com a matriarca da família, a dona Wanda Zanchettin, de 87 anos. A mãe, avó, bisavó e tataravó dessa grande família começou no circo ainda pequena. Montou com seu esposo um circo com os filhos que tinham e depois com os filhos foram que nascendo e assim formando uma grande companhia.
O palhaço Pequi com o seu “ai que ódio”, o Ligueirinho, o Pirulim, o Bolachinha, a Magali “ga-so-li-na”, o Tico-Tico no Fubá e a Pimentinha fazem as gargalhadas, até então tímidas, dos espectadores aparecerem em meio ao espetáculo.
Paraguai, Argentina, Bolívia, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, parte de Tocantins e um pedacinho do nordeste foram os lugares onde essa família passou.
Emireide Zanchettin, cantora e locutora do espetáculo, resume a representação do circo para ela:
- Profundo! A vida de circo para mim significa uma missão, uma missão da arte, da qual eu gosto muito, respeito, adoro e admiro.
Há cerca de cinco mil anos o circo tinha o contorcionismo, equilibrismo e acrobacia, engolidores de fogo, não para a diversão, mas sim para desenvolvimento da destreza, força, rapidez e desenvoltura dos guerreiros. Já em 1770, o oficial da Cavalaria Britânica, Philip Astley começou a manifestar traços do circo moderno no interior, quando em seus espetáculos enquadrava apresentações com cavalos, palhaços, acrobatas e malabaristas.
Quando se pensa em circo, lembra-se de churros, algodão doce, maça do amor e pipoca. Também dos palhaços, das bailarinas, das mágicas e dos animais. Hoje ir ao circo para os adultos é poder relembrar um pouco da infância e para as crianças uma experiência memorável.
Em meio a tantos problemas que as pessoas enfrentam no dia a dia, o Circo Zanchettini faz que, por um momento, elas consigam mudar o foco. Fazendo com que a diversão e alegria aflorem quando estão assistindo aos espetáculos. Esses sentimentos mostram que em meio a tantas tecnologias, o circo com seus trapézios, mágicas, bailarinas, palhaços e o globo da morte ainda não perdeu a magia de trazer a alegria.
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